Banco do Brasil perde espaço no ranking de lucros: o que os resultados do 2º trimestre revelam sobre o setor bancário
Embora o recuo seja relativamente modesto no agregado, um fator se destacou: a forte retração no desempenho do Banco do Brasil (BB).


O segundo trimestre de 2025 trouxe um retrato contrastante para os maiores bancos do Brasil. Depois de uma sequência de resultados recordes em 2024, o setor mostrou sinais de desaceleração. O lucro consolidado das cinco maiores instituições financeiras de capital aberto foi de R$ 27,98 bilhões, queda de 5,6% em relação ao mesmo período do ano passado.
Imagem: Montagem Canva Pro
Banco do Brasil: do topo à última posição
O BB registrou R$ 3,03 bilhões de lucro líquido no trimestre, o que representa uma redução de 66,1% em relação a 2024 e de mais de 55% na comparação com os três primeiros meses deste ano. Para efeito de comparação, no mesmo trimestre de 2024 o banco havia conquistado R$ 8,97 bilhões, o maior lucro de sua história.
Esse movimento fez com que a instituição pública caísse para a 5ª posição no ranking dos maiores lucros bancários, atrás de todos os seus concorrentes privados. Trata-se do pior resultado do banco desde 2018.
Destaques banco a banco
Itaú Unibanco: manteve a liderança absoluta, com R$ 11,28 bilhões de lucro, o maior valor trimestral já registrado entre os bancos listados na B3. O resultado equivale a mais de 40% de todo o lucro consolidado do setor.
Bradesco: mostrou sinais claros de recuperação, com alta de 28,6% e lucro de R$ 6,07 bilhões, alcançando o melhor segundo trimestre desde 2021.
BTG Pactual: registrou o maior crescimento percentual do grupo. O banco de investimentos saltou 42%, atingindo R$ 4,01 bilhões de lucro e consolidando-se como terceiro colocado.
Santander Brasil: apresentou crescimento mais moderado, de 10,7%, chegando a R$ 3,59 bilhões e mantendo posição intermediária no setor.
Banco do Brasil: destoou dos demais, com retração histórica que impactou diretamente o resultado consolidado.
O que esse cenário indica para investidores?
O contraste entre bancos privados e o Banco do Brasil sugere que a dinâmica competitiva do setor está em mudança. Enquanto Itaú, Bradesco, Santander e BTG conseguiram sustentar (ou até acelerar) seus resultados, o BB enfrenta um ciclo de correção após um ano excepcional.
Para investidores em bolsa, o recado é claro:
Privados: continuam mostrando consistência, o que reforça sua atratividade para quem busca empresas de resultados estáveis.
Banco do Brasil: apesar do tropeço, a queda pode representar uma oportunidade de entrada para quem acredita em recuperação futura, mas exige maior tolerância ao risco.
Conclusão
O balanço do 2º trimestre de 2025 reforça a importância de olhar além dos números isolados. O setor bancário segue lucrativo, mas com trajetórias distintas: os privados crescem em ritmo sólido, enquanto o Banco do Brasil enfrenta uma correção brusca.
Para quem investe em ações de bancos, o momento exige atenção à estratégia de cada instituição e à sua capacidade de adaptação em um ambiente de mercado mais desafiador.
Desempenho Bancário
Banco do Brasil enfrenta queda de lucros no 2º trimestre de 2025.
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